Soneto do meu motivo
No caminho da vida: as nuvens,
(Que como eu) não retêm onerosos bens.
Elas seguem o curso, o sopro do vento,
São habilidosas, evitam tormento...
No crepúsculo da vida, com pouca luz,
(Que comigo estão) vaga-lumes de cruz...
Alguns poucos amigos, nas torres de guarda,
Que vigiam... E deles, sou retaguarda...
Na morte da vida, fé e esperança,
(Que carrego no peito) desde criança.
E a ciência, numa coexistência.
E acima da vida, o terroso amor,
Que tem cor, nobreza e vicissitude,
Na plenitude da flor... Realeza...