SONETO OBSOLETO

O soneto genuíno ultrapassado?

Pois alguns asseguram, sem piedade:

a poesia moderna é liberdade

e o soneto, na métrica encerrado.

“Obsoleto, é arcaico, desusado”...

Eis a crítica, a dona da verdade,

que o condena coberta de vaidade,

sem notar seu bravio feito ousado:

Que se vai, via inversa a tais tendências,

celebrando os eternos menestréis...

Não se entrega às hodiernas conveniências.

Versos livres girando em carrosséis...

E o soneto, ao rigor, faz continências,

mas revoa no céu de seus quartéis...

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 15/06/2012
Reeditado em 17/06/2012
Código do texto: T3726509
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