Transformação - 02
Já cansei da tristeza, hoje eu quero a alegria.
Vou além, mais distante. É o meu sonho que aponta.
Levo junto, a certeza. Em minh’alma, energia.
Não sou mais um errante. Eis que a paz já desponta.
Eu bem sei, fui teimoso ao fechar meus ouvidos
Aos que davam-me o ombro... Aos amigos seletos.
Iludia-me o gozo, ao pensar-me um ungido,
Fui pra muitos, assombro, ao espírito objeto.
Dessa vida que agora aos meus olhos renasce,
Penso: em meio à demora é preciso ter classe,
Manter sempre a esperança e encontrar paciência.
Ter a alma criança, humildade e prudência
É, quem sabe, a reforma almejada... É o progresso...
Eis o amor que transforma e conduz ao sucesso.
* Minha última postagem foi o soneto "Transformação -01" (de versos alexandrinos), que teve o primeiro hemistíquio fechado com uma oxítonas.
* A postagem acima, também de versos alexandrinos, traz o fechamento do primeiro hemistíquio com paroxítonas.
* Outro detalhe, além das rimas finais, é o uso de rimas internas.
* É importante observar que o tema abordado nos dois sonetos é exatamente o mesmo.
Reg. EDA/FBN