Transformação - 02

Já cansei da tristeza, hoje eu quero a alegria.

Vou além, mais distante. É o meu sonho que aponta.

Levo junto, a certeza. Em minh’alma, energia.

Não sou mais um errante. Eis que a paz já desponta.

Eu bem sei, fui teimoso ao fechar meus ouvidos

Aos que davam-me o ombro... Aos amigos seletos.

Iludia-me o gozo, ao pensar-me um ungido,

Fui pra muitos, assombro, ao espírito objeto.

Dessa vida que agora aos meus olhos renasce,

Penso: em meio à demora é preciso ter classe,

Manter sempre a esperança e encontrar paciência.

Ter a alma criança, humildade e prudência

É, quem sabe, a reforma almejada... É o progresso...

Eis o amor que transforma e conduz ao sucesso.

* Minha última postagem foi o soneto "Transformação -01" (de versos alexandrinos), que teve o primeiro hemistíquio fechado com uma oxítonas.

* A postagem acima, também de versos alexandrinos, traz o fechamento do primeiro hemistíquio com paroxítonas.

* Outro detalhe, além das rimas finais, é o uso de rimas internas.

* É importante observar que o tema abordado nos dois sonetos é exatamente o mesmo.

Reg. EDA/FBN

fiore carlos
Enviado por fiore carlos em 15/06/2012
Reeditado em 15/06/2012
Código do texto: T3726485
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