SONETO EM DESENCANTO
Deixa morrer esse amor...!
E qu'ele vá morrendo
Carinhosamente... E assim, sepultado
Sem renhuras, feridas... Quase imaculado
E aos poucos, em nós, esmorecendo
Deixa qu'ele vá desaparecendo...!
Como fosse ao peito... Perpetuado
Sem tristeza, lamentos... Quase eternizado
E aos poucos, em nós, se desfazendo
Ontem, eu ví você pelas ruas...!
E ví minha esperança... Morta, Nua
Você feliz, com alguém... E abraçados
Depois seguiu... E te olhando a distância
Deixei-me embalar pela amarga lembrança
De que um dia... Fomos namorados!