SINTO-TE COMIGO

Sinto-te no diáfano escuro da aurora,
Aos olhos da terra, inda que despercebida.
Ouço a voz terna da tua alma que convida:
Vamos dar início à comaninhada – bora?

Há frutos a colher na seara da vida,
Com a força que nos vem do amor - revigora
O brasão dos valores eleitos outrora,
Meta, na cultura de hoje, não inserida.

Se nos une a vida num presságio tão garbo,
Faz-se mister rever tão falaz estrutura:
O frenesi de que vem saturado o dardo.

É mais doce o amor, mantida a antiga cultura,
Regando sempre o amor, não da libido o cardo
E, empós, viver ao pleno sabor da ternura.

Afonso Martini 290512

Leiam sonetos de Marco Aurélio Vieira
 e
crônicas de O Cronista


uma perfeição.
Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 15/06/2012
Reeditado em 16/06/2012
Código do texto: T3725375
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