EMPÍRICO...
Quer de mim algo que nem mesmo encontro,
Que apenas vejo nos meus sonhos líricos,
Visões alternadas entre formas e escombros,
De mãos estendidas e um visar empírico.
Quer de mim provas que nem mesmo tenho,
Que apenas desejo, sendo sombras e riscos,
Que traduzo em minha simplicidade, e lembro,
Das mãos cerradas e entre os dedos os pingos.
Declaro-me impotente para te fazer entender,
Que de tudo de ti em mim não vou esquecer,
Da existência desse sentimento assaz arredio.
Em profunda melancolia, do raiar ao anoitecer,
Apenas restam esses sonhos a me enlouquecer,
Por pensar e te sentir assim, sou todo arrepios...