velho lampião

VELHO LAMPIÃO

Conchegava-se a fresca da noitinha

ao portal da minha querência,

onde sobranceava um lampião que vinha

me acompanhando na vida a eflorescência.

Tremeluzia e me olhava das trevas do tempo

condoído pela dor que o peito me resserra,

como se quisesse na chama me passar alento,

me esbrazear a alma,quedar-me nessa terra.

Nas minhas penas,o mais sincero confidente;

quando eu flanava,desatinado no meu lenho

uma réstia,na lúrida escuridão se fez nitente.

Hoje uma débil luz no lampião se faz presente

e não me importo mais se não a tenho,

vou me aquerenciar num brilho onipotente!

Chaplin
Enviado por Chaplin em 07/02/2007
Código do texto: T372533