INSENSÍVEL

Fecho os olhos para não ver
A mão que me estende o olhar
A pedir um pouco de viver
Sobras de um amor mendigar.

A dormência atinge o peito
Calcifico minha rocha interior
A triste realidade eu rejeito
Já não ouço o sofrido clamor.

Não quero sofrer a ilusão
De estender a minha mão
E a triste fome não rebater...

Não quero viver na quimera
Mudar a realidade, eu quisera
Insensível sou para não sofrer...

 
Sonia de Fátima Machado Silva
Enviado por Sonia de Fátima Machado Silva em 13/06/2012
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