O Insano Machado
Meu Deus, quanta aleivosia,
Nessa ambrosia gelosia,
(Que me traz — tanta agonia,)
Nu'a assombrosa hegemonia!...
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A pedreira é nebulosa,
Qual Machado na floresta;
Como espectro — sempre infesta,
As montanhas extremosas!
O excremento — tem de grosa,
P'ra emassar todas as frestas...
Pondo tudo que não presta,
Nas devesas dessas obras.
Depois disso retorcido,
Quando fere a amarração...
Fica tudo estremecido —
No final — co'essa armação.
Pois, s'esmera convencido,
No estertor da construção!
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... E vi o insano Machado,
Qual cobra a andar pelo chão...
Co'o cabo todo manchado —
Dos golpes no cantochão!
Pacco