O COITO
Quando palpitas dentro de meu peito
Como o coração bate na gente,
E um silêncio doce e inocente
Medita dentro em nós, em nosso leito
Há doces querubins batendo palma...
São anjos? Não são anjos, são desejos
Que estalam em nossos lábios com os beijos...
São entes do amor em nossas almas...
São deuses dentro em nós que precipitam
E se alimentam em nós com o nosso amor...
Talvez são ilusões que nos atiçam,
Indícios de uma coisa sem valor;
Mas não, há mel no leito e incontido
Lamento de prazer fingido em dor.