SONETO APAIXONADO
Guardo em meu peito o amor que me foi dado
e se harmoniza em doce melodia.
Minh'alma se vestiu de poesia
compondo este soneto apaixonado.
Revivo os sonhos meus; enamorado
Eu penso em ti. Te quero noite e dia
Se só por ti não fosse, eu viveria?
O meu viver teria se acabado.
Já não sou eu que vivo; és tu mi'amante
a possuir-me o corpo. E a tua alma
na essência do meu ser já se resume
Eu te amo e serei teu a todo instante
E serás minha nesta noite calma
E para sempre como se presume.
OLHOS D' AMANTES
Olhos azuis, duas pérolas brilhantes
Cristais ebúrneos, negros ou castanhos
Pupilas verdes, jóias d'ouro, lanhos,
N'alma que ama e vê c'olhos d'amantes.
Olhos rubis - retinas dos infantes -,
Olhos os meus e os teus, olhos tamanhos,
Lagos de luzes que oferecem banhos
Nas cristalinas águas, tão galantes.
Pirilampos que à noite mudam os tons
Das estrelas no céu. Lindas pepitas
Que o brilho era de amantes só de Zeus.
( Ó Métis, Têmis, ó Hera!) Mar dos sons!...
Qual o brilho qu'em tuas pedras precipitas
que já não tem a cor dos olhos meus?
___________________
SUSSURROS
Há momentos em que nada acontece
A poesia
Pálida
Esmaece
Inválida fenece.
Versos na telha
Como na teia tece
E curte a abelha
O favo e o mel
Rasgo o rascunho, o papel
Aranho a rima
Corto o refrão
Como o artesão com o cinzel
A estrofe acima
O ritmo que acompanha
O burilar da lima
A palavra que apanha.
Luze e ofusca a centelha
O brilho a balançar
A soprar na orelha
Acariciada
Um não sei quê casmurro
Entre o amor e um sussurro
Mais nada.
Guardo em meu peito o amor que me foi dado
e se harmoniza em doce melodia.
Minh'alma se vestiu de poesia
compondo este soneto apaixonado.
Revivo os sonhos meus; enamorado
Eu penso em ti. Te quero noite e dia
Se só por ti não fosse, eu viveria?
O meu viver teria se acabado.
Já não sou eu que vivo; és tu mi'amante
a possuir-me o corpo. E a tua alma
na essência do meu ser já se resume
Eu te amo e serei teu a todo instante
E serás minha nesta noite calma
E para sempre como se presume.
OLHOS D' AMANTES
Olhos azuis, duas pérolas brilhantes
Cristais ebúrneos, negros ou castanhos
Pupilas verdes, jóias d'ouro, lanhos,
N'alma que ama e vê c'olhos d'amantes.
Olhos rubis - retinas dos infantes -,
Olhos os meus e os teus, olhos tamanhos,
Lagos de luzes que oferecem banhos
Nas cristalinas águas, tão galantes.
Pirilampos que à noite mudam os tons
Das estrelas no céu. Lindas pepitas
Que o brilho era de amantes só de Zeus.
( Ó Métis, Têmis, ó Hera!) Mar dos sons!...
Qual o brilho qu'em tuas pedras precipitas
que já não tem a cor dos olhos meus?
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SUSSURROS
Há momentos em que nada acontece
A poesia
Pálida
Esmaece
Inválida fenece.
Versos na telha
Como na teia tece
E curte a abelha
O favo e o mel
Rasgo o rascunho, o papel
Aranho a rima
Corto o refrão
Como o artesão com o cinzel
A estrofe acima
O ritmo que acompanha
O burilar da lima
A palavra que apanha.
Luze e ofusca a centelha
O brilho a balançar
A soprar na orelha
Acariciada
Um não sei quê casmurro
Entre o amor e um sussurro
Mais nada.