O amor que não é mais correspondido

Ainda sim é fogo que arde como dizem

Em que o alento de sua lenha é perdido,

E passa a viver só da força do seu ardor

O amor que não é mais correspondido.

Que busca forças não se deixando apagar

E vai queimando, ele sozinho persistente.

Que não encontra o que o mantinha aceso

E vai teimando por sua lenha inexistente.

Mas como todo fogo precisa de sua lenha

Também o amor de um ao outro se sentir,

Ninguém pode evitar que o tempo venha

E que um sem o outro conseguiria resistir

Pois sem amor não há amor que se mantenha

Que com o tempo também deixará de existir.