O PARAÍSO, MINHA MORADA
Céu, meu céu, deixa-me viver na tua morada,
Onde a paz é angelical e nadam carpas,
E flutuarei ao som de afinadas harpas;
Aí eu quero minh'alma eternamente ancorada.
Ouço o canto que vem do anjo de face corada,
Aí não existem almas traidoras e farpas,
Escalarei espinhosas e altas escarpas,
Eu implorarei guarida, pela prece mais orada.
Perdoa-me, leva-me pelo caminho mais liso,
Onde não existam torturas e taquicardias,
Quero ver cordeiros carregando um guizo...
Oh, céu, meu céu, dá-me paz todos os dias,
Leva-me para o teu tranquilo paraíso,
Dá-me noites de sonhos, ainda que tardias.
(VictorAMPinheiro)