No Abismo de Teus Medos
Teu silêncio deturpa a realidade...
Eu morro, pouco a pouco, no degredo;
Uma dor misteriosa surge e invade
minha história de amor, meu triste enredo...
Existe amor? - Não sei, talvez, quem sabe?
Talvez o amor esconda-se em segredo
no teu mesquinho olhar, quando a verdade
vai perdida no abismo de teus medos!
Insisto em perguntar: - O amor existe?
E tu foges de mim, calada, triste,
sem que ao menos me explique os teus motivos!
A dúvida insistente em mim transcende...
Minha alma apaixonada não compreende:
- Como em tamanha dor ainda estou vivo?
Ciro Diverbena