A PAREDE DO TEMPO Odir Milanez Mais uma vez dos sonhos viajante, ultrapasso o espaço dado à rede até me ver de Nêmesis diante, dizendo-lhe de beijos minha sede. - Amantes deserdados... Bardo, vede: a musa que recusa o seu amante, encarcero do Tempo na Parede, punição que perpetro a todo o instante! - Da Justiça sou filha, a própria Lei. Dizei, mortal, quem beijos vos recusa, na Parede do Tempo a prenderei! - Perdoai, deusa, a quem meu sonho acusa! Poupai a musa que jamais beijei ou prendei-me à parede, junto à musa! Acordo, aflito, a mente inda confusa, a chorar pela musa que não sei... JPessoa/PB 08.06.2012 oklima
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