VERSOS INVISIVEIS
Cravejo na vida meus versos invisíveis
Só eu mesma ouço o que eu digo,
Minhas palavras mudas são um castigo
Para os outros não somam,não multiplicam, nem são divisíveis.
Solitários versos,são inatingíveis,
Escritos na tristeza do caminho que sigo,
Não sei se são um dom ou um maldito castigo
As vezes até eles aos meus sentimentos se escrevem insensíveis.
Os versos parecem aos olhos alheios,cristalinos
Nos meu lábios, mudos,corroídos violinos,
Nos minhas mãos, som silencioso, covarde.
Quem os ouvem,quem os leem os versos sem cores?
Só eu mesma enxergo suas nuances, ouço seus sons estarrecedores,
Só eu mesma ouço e sinto,o invisível nascido da tristeza que me arde.