CHUVA DE VERÃO
Vento forte assobiava a canção
A chuva intensa acompanhava o vento
Dentro do peito dançava um coração
Em ritmado e impetuoso alento.
Com a intempérie a luz, sem compaixão,
Saiu depressa e no escurecimento
Deixou mais vivo o calor do verão
E o abstrato fulgor do pensamento.
A noite escura vindo de mansinho...
O pêndulo do relógio em vaivém...
Embotavam a mente em desalinho
Que de tanto esperar algo ou ninguém
Perdeu-se nas quimeras do caminho...
Encantou-se!... Depois ficou refém!...