CHUVA DE VERÃO

Vento forte assobiava a canção

A chuva intensa acompanhava o vento

Dentro do peito dançava um coração

Em ritmado e impetuoso alento.

Com a intempérie a luz, sem compaixão,

Saiu depressa e no escurecimento

Deixou mais vivo o calor do verão

E o abstrato fulgor do pensamento.

A noite escura vindo de mansinho...

O pêndulo do relógio em vaivém...

Embotavam a mente em desalinho

Que de tanto esperar algo ou ninguém

Perdeu-se nas quimeras do caminho...

Encantou-se!... Depois ficou refém!...

Ambrósio Henrique
Enviado por Ambrósio Henrique em 08/06/2012
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