EU QUERIA PINTAR UM SONETO

Diferentemente da Oficina irritada de Carlos Drummond de Andrade

Eu queria compor um soneto doce e pintá-lo em tons vivos, fecundo, envolvente e de deliciosa leitura.

Queria pintar um soneto

Em matizes vibrantes queria pintar um soneto

O vermelho seria a retratação dos sentimentos

Eu não gostaria de usar sequer um ponto preto

Transportar ao pincel a translucidez dos ventos

Em alvo pintaria versos que discorresse de paz

Quem sabe um quarteto de calmaria por inteiro

Azul eu pintaria o céu do soneto se fosse capaz

A estrela em ouro; a lua flicts pintaria primeiro.

Queria pintar um soneto, a dispersão de guache.

Cada verbo de esperança seria o verde-floresta

Pintaria um terceto com luzes e cores de festa!

Sei que não impetraria essa proeza; só em sonho.

Meu coração se abre em tons e noto dessa janela

O soneto é painel em minha alma: elegida tela!

Uberlândia MG

Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 07/06/2012
Reeditado em 07/06/2012
Código do texto: T3711600
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.