Ardilosa Ironia
Abro a porta, apenas deixo você entrar
Como um vento sorrateiro, me faz arrepiar
Seu toque, como um arpão, rasga a pele
Me invade, me toma, me enche de prazer
Sinto que deveria me afastar, fugir enquanto posso
Mas o vigor é tanto, que não me atrevo a escapar
Então apenas me rendo, gentilmente me entrego
A essa força bruta, imenso desejo, intenso fogo
Não quero, não posso, não devo simplesmente apagar
Essa paixão mal resolvida, esse engodo devasso
Aos poucos, quando o êxtase vai acabando
E a razão ao lugar sorrateiramente voltando
Toda a intensidade some, o fogo vira o mais frio gelo
Simplesmente te levantas, beija a testa e se vai