Alvuras da Noite
Por certo, suspendida no horizonte
A noite de regalos e perfumes
Traz dores serenadas nos teus cumes,
Moldando o deleite n´alva fonte.
Qual mistério será que nos desponte
A sentir boquiabertos tantos lumes
Na voz de ventania. Enfim assumes
Ligar as emoções de ponte a ponte?
Cismando, nossa alma pede mais,
Cerzindo no luzeiro constelado
As esferas colhidas nos teus ais.
E quando nesse instante de alegria,
Pudesse olhar além deste meu fado,
A noite iluminada encantaria.