Cantemos, ó, poetas!
Cantemos, neste mundo, os sem lugares,
os que perderam tudo, a pátria terra,
aquele que, sem chão, sozinho erra,
os que não têm mais nada, roças, lares.
Que cada verso – um grito – corte os ares
somando-se aos clamores de quem berra,
que enfrenta pelo mundo a fome e a guerra:
cantemos, qual Zumbi, novos Palmares.
Cantemos nos sonetos, em seus versos,
os povos que, no mundo, estão dispersos,
os párias, exilados em seu chão,
os que lutando foram mortos, presos
que, sofrendo o mais vil dos vis desprezos,
sonharam construir uma Nação.
Brasília, 6 de junho de 2012.
Livro: Cantos de Resistência, pg. 88
(Foto: Sebastião Salgado - África)
Cantemos, neste mundo, os sem lugares,
os que perderam tudo, a pátria terra,
aquele que, sem chão, sozinho erra,
os que não têm mais nada, roças, lares.
Que cada verso – um grito – corte os ares
somando-se aos clamores de quem berra,
que enfrenta pelo mundo a fome e a guerra:
cantemos, qual Zumbi, novos Palmares.
Cantemos nos sonetos, em seus versos,
os povos que, no mundo, estão dispersos,
os párias, exilados em seu chão,
os que lutando foram mortos, presos
que, sofrendo o mais vil dos vis desprezos,
sonharam construir uma Nação.
Brasília, 6 de junho de 2012.
Livro: Cantos de Resistência, pg. 88
(Foto: Sebastião Salgado - África)