Soneto das Lembranças

Levantam-se as letras adormecidas

Lembranças antigas, agora vivas,

Daquele porta retrato, amortecidas

Saem as imagens,recordações impulsivas.

Aquecem labaredas nos porões

Eu queria muito , muito assim ...

Abrir janelas,fronteiras, mil portões

Apagar as sombras deste fim ...

Não pode a mente jamais esquecer ,

Deste jogo tão bem arquitetado ,

Deste eterno soneto ao alvorecer.

E já vão os anos nos cabelos brancos,

Outonos ,invernos,verões e primaveras

Sentada naquele olhar,naquele banco!

05/06/2012

Maria Thereza Neves
Enviado por Maria Thereza Neves em 05/06/2012
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