Filete de sangue
Entre os lírios brancos, adormece.
Que agonia,incurável tristeza
Ver palpitar no seu corpo a fraqueza
Enquanto a vida de ti se esquece.
Desce do seu olho lagrima que enrubesce,
É um filete de sangue diante da certeza,
A morte chegou, arrasando a efêmera beleza
De estrela senil radiante que enegrece.
Falta no seu rosto áspero,o riso,
Pudera, a morte se instalou em ti sem aviso
Do que adianta dizer “não se zangue,”
Se não pode dar um abraço de consolo,
A tumba em que moras tem apenas a fenda no tijolo,
Para escorrer seu filete de sangue.