LENDA SONETADA



 
Um jovem frade, de alma pura e inocente,
Muito cansado dos trabalhos do convento,
Numa sombra se deitou por um momento,
Mais que depressa dormiu profundamente.
 
E quando acordou a tarde estava chegando,
Um sol mortiço já se deitava no horizonte,
A lua branca despontava atrás dum monte,
E um sino, na distância, ele ouviu tocando.
 
Com medo que já o estivessem procurando,
Para o convento como um bólido ele correu.
Mas que surpresa foi a sua em lá chegando:
 
Pois que tudo ali lhe era agora desconhecido.
Então, olhando um calendário ele percebeu,
Por duzentos anos ele havia então dormido! 
 
 
  

João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 04/06/2012
Reeditado em 12/06/2012
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