Poemas
Quando eu encontrar a voz de meus poemas
Perdida no silêncio sepulcral do mundo,
Eu lhe direi com lápis, com borracha e temas
Que eu não posso ser o marulhar profundo.
As horas que passei em dúvidas extremas
A sentir o meu drama, o lirismo iracundo,
Mostraram-me que não me prendo por algemas,
Em busca da leveza, eu vou... cada segundo.
Parando nas estrelas, parando no outeiro,
Vou deixando o olhar em tudo o que tem vida
e afasto da visão o verbo traiçoeiro.
Enquanto em mim houver a fala preterida,
Eu traçarei com verso os passos do roteiro
Em sonetos a minha lembrança esquecida.
Soneto a oito mãos de
Vitor S, Nilza Azzi, Gabriel Rübinger & Rommel Werneck