DESTINO VAGABUNDO
Se o meu destino é torto, eu bem sabia
Não precisavas tanto me aclarar
Vivi uma vida vã, só e vadia
Não é agora que eu vou mudar
Sou viajante desta vida impura
Em vias dos vencidos e outros vícios
Não há felicidade que perdura
Para quem vive sempre em precipícios
Chegando perto ou longe de distâncias
Sou um perdido que não escuto o sino
De igrejas com orações em dissonâncias
Roendo o próprio osso em desatino
Eu vivo mil amores sem importância
Andando neste mundo sem destino
© Fernando Tanajura