Para Amélia, que como a deusa Ísis, me deu uma  nova vida.


Esplêndidos sóis refletem nos teus olhos fundos

Tal como cristais que capturam a luz da sedução
Que vem de longe, talvez até de outros mundos,
Onde deuses bacantes se incendeiam de paixão.
 
Nos teus cabelos, as estrelas, doidas de ciúmes,
Para competir com a luz que o teu olhar captura
Brilham como se fosse um bando de vagalumes,
Pirilampeando livres por uma longa noite escura.
 
Porém foi nas mãos que um deus artista esculpiu,
Naquele toque mágico no meu rosto afogueado,
Que eu encontrei a fonte da verdadeira felicidade.
 
Eu sou agora como aquele Lázaro que ressurgiu
De um túmulo escuro onde havia sido sepultado,
Para uma vida onde tudo é uma gostosa novidade. 
 
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 03/06/2012
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