VI-ME ATREVIDA
Em rendas negras a transparecer-me
A silhueta se expõe através do tecido
Pele em cor morena a estremecer-se
Em leves arrepios se ouve o gemido.
Os cabelos aos cachos soltos a bailar
Os dedos que por entre eles correm
Os gestos e olhares vêm a provocar
Gostos de beijos na boca escorrem.
Em negligência toco-te lentamente
Sinto teu pescoço atiçar meu olfato
Meu corpo puxa, eu sinto o teu tato.
Atrevida, misturo minha pele na tua.
Tu’alma respira, mordisco teu queixo.
O prazer me aflora por tirar-te do eixo!
Uberlândia MG