Dissonância

Quanto anos não te vejo amor de minha vida
E vendo vinda as vagas vejo o tempo apagar
As lembranças são retratos velhos a desbotar
Dentro do arquivo da minha alma desiluda


Já foi tempo do tempo vindo a desesperança
As dores e o desassossego da paixão infinda
Que trouxe abraços e beijos aquele gosto ainda
Mas que no tempo perdeu-se na lembrança


Há muito se foram às últimas lágrimas a espera
Só tenho dentro do âmago tua imagem querida
Que por certo o tempo a deixará perdida

Embora o tempo tenha vencido a dor doida
Valeu aqueles momentos ávidos da esperança
Da tua volta sem volta em vã deseperança