PARAÍSO

E de repente, o mundo inteiro rebrilhou,

as desavenças se pintaram de branduras,

brotaram doces do revólver que atirou

delicadezas pelos páramos de alvuras.

Um belo pássaro encantado de ternuras

semeou, nas almas, coloridos e cantou

as melodias divinais às criaturas

que de leveza o Deus supremo decorou.

E ocultas culpas e remorsos se extinguiram...

Banhados foram, de perdões, os que traíram...

E ergui a paz no paraíso que proclamo.

Eu bem me lembro, vi o sol, feliz, sorrir,

pararam brisas sobre as flores para ouvir

quando emanaste dos teus lábios: “Eu te amo”!

(Primeira publicação em 12 de dezembro de 2011).