DOR DE CABEÇA

Makinelymenino

Junho 2012

(Soneto – aabb/aabb/cdd/cdd)

Pulsa minha dor... Meu coração!

Bate o pendão como sino no chão,

As vibrações das constelações,

Arrebatadas em meus porões.

Sofrendo o augúrio dos perdidos,

Sem a luz, sem a lua, só bramidos,

Esta minha voz ouve-se das ruas,

Palpita como ver as moças nuas.

Na madrugada, a TV tá ligada,

Esperarei passar o voçoroca,

Comendo caldo, carne e mandioca.

Serenou e as estrelas se foram,

Juntos, correntes e a dor que corrói,

A’vida é bela, e a tormenta se foi.

Alexandre Tiberio
Enviado por Alexandre Tiberio em 02/06/2012
Reeditado em 02/06/2012
Código do texto: T3701742
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