DOR DE CABEÇA
Makinelymenino
Junho 2012
(Soneto – aabb/aabb/cdd/cdd)
Pulsa minha dor... Meu coração!
Bate o pendão como sino no chão,
As vibrações das constelações,
Arrebatadas em meus porões.
Sofrendo o augúrio dos perdidos,
Sem a luz, sem a lua, só bramidos,
Esta minha voz ouve-se das ruas,
Palpita como ver as moças nuas.
Na madrugada, a TV tá ligada,
Esperarei passar o voçoroca,
Comendo caldo, carne e mandioca.
Serenou e as estrelas se foram,
Juntos, correntes e a dor que corrói,
A’vida é bela, e a tormenta se foi.