MOLDANDO A ILUSÃO
MOLDANDO A ILUSÃO
Um AP na capital, foi o castelo na praia,
E um pálio preto seria a minha limusine.
A excursão a Goiás talvez não germine,
Troquei Paris pela margem do Araguaia.
O extenso cafezal vira flores no quintal,
A amante aos meus pés, apenas tolera.
Meus filhos amigões, preferem a galera.
E virou sentimento meu instinto animal.
Ando na calçada, em vez de fazer rapel,
E na vez da tequila, tomo água mineral.
Fico em frente a tv no baile de carnaval.
De aventuras insanas, apenas no papel,
Quase nada restou, dum sonho original.
A não ser voltar melhor ao plano sideral.