Minha Lira
Julgam a minha lira por pisar
A perfeição que Deus pôs na poesia,
Meu verso se escondera no rimar
Aquilo que não fui com que seria.
Meu verso é o do lápis que fingia
Nas coisas procurar por procurar,
O tempo que voltava quando ia,
O vento que soprava sem ter ar.
O mundo do meu tema não tem nome,
É tudo o que puder fazer presente
O último minuto que consome.
Minha musa é muro em coisa infinda,
É um total esmurrar e estar doente
Ao ser o verso que não fiz ainda.