SONETINHO LEVADO

Meu sonetinho vai perneta claudicando

por sobre a métrica incorreta e bamba.

E pra mostrar o seu traquejo bamba,

depois retorna aos doze passos desfilando.

Meu sonetinho samba, vai sorrindo,

por entre o verso, lança beijo, faz mesura,

e bota o jambo no espondeu, troqueu, cesura

e estica a esticológica escandindo.

O meu soneto vagabundo quer o belo,

pintar palavra nos encantos do singelo,

brincar em alma que revoa toda.

Deseja que se danem convenções inúteis

do poetastro que se afunda em regras fúteis

e que o pedante sabichão se f*.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 01/06/2012
Código do texto: T3699334
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.