Amor e luxúria

Vejo arderem nos meus olhos a sua alva face.

E rubro como a labareda teu fogo me invade.

Ouço vozes de além-mar que amanhecem meu dia...

E o canto da cotovia me anima em sinfonia...

Sou um pássaro ainda, em minha evolução - que se passa...

E a herança que não cansa, me enaltece o viver...

Solitário e embevecido - assim cheio de poder...

Eu sinto no martírio humano: A prisão que faz-me néscio.

Amor e luxúria dentro dos calabouços: Sem tesouros...

Ancoradas em Pegeuots...que simbolizam os séculos...

De infames desonestos, que apenas serão restos de querer.

Amo a terra, amo o mar, sou semente, sou jardim...

Misturo-me aos incautos, apenas por não ter fim...

Essa minha desventura...inaudita...e imorredoura...

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 01/06/2012
Código do texto: T3699212
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.