OSCILAÇÃO

Há um momento em que cabe ao coração

a calma que precede a descoberta;

um tempo entre dormente e meio alerta,

aquele em que se acerta a pulsação...

É fato que a razão grita que não,

pois essa nunca foi a escolha certa!

Mas lá no coração a dor aperta;

não há como escapar à tentação.

Nem sempre entendo bem esse compasso;

vacilo, entre o que devo e o que faço,

não sei meu amanhã o qual será...

Há horas em que a calma regenera;

em outras, a ferida faz-me a fera,

na jaula, a caminhar pra lá e pra cá.

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