....LICOR FATAL .....
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Que mal eu fiz ao mundo, inconsciente,
Dizei-me ó meu tempo, por quê? Por quê?
Serei um’alma triste enquanto viver?
Sofrer é minha sina, tristemente!.....
Nas minhas sangraduras de tristezas,
Lamento o meu destino maculado,
Perdido pelo breu enfumaçado,
Perdi também, portanto, a singeleza....
Um dia a mais que passa... Tão silente!
Serão todos assim indiferentes,
Parados entre brumas muito fortes?
Tomara tão cimérios e frementes,
Meus dias se consumam velozmente,
E bebam o licor fatal das mortes!....
Aarão Filho
São Luís-Ma, 31 de Maio de 2012.