O AMOR É CEGO
 
Na paz do meu reduto eu estava,
quando de repente tu invades,
remexendo restos de saudade,
do tempo que amei e fui escrava.
 
Malditas palavras como sempre,
doces, sedutoras, mentirosas,
penetram n’ alma silenciosa,
me fazem suspirar amargamente.
 
O amor estraçalhado inda clama
e chego acreditar que é verdade,
que lá bem no fundo tu me amas.
 
Mas logo a máscara escorrega
e vendo tua verdadeira face,
percebo que outra vez estive cega...

 
(imagem do google)