Soneto para uma história de amor

Por inquietas águas… mar revolto

o amor nadou, a tudo resistindo

corpo pesado, pensamento solto

ao longe viu a praia se abrindo

Uma lufada de alento e revigora

braçadas de esperança, tal vigor

que na força de nadar, o pobre amor

não sente que a alma tanto chora

Apercebe-se então naquela hora

em que na alma o pensar se demora,

o motivo de tão pesado chorar…

Nadou só, mas sempre acompanhado!

Viu-se só, no momento ansiado…

Morreu na praia, o sonho a despontar

Herlânder Lobão
Enviado por Herlânder Lobão em 31/05/2012
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