Soneto para uma história de amor
Por inquietas águas… mar revolto
o amor nadou, a tudo resistindo
corpo pesado, pensamento solto
ao longe viu a praia se abrindo
Uma lufada de alento e revigora
braçadas de esperança, tal vigor
que na força de nadar, o pobre amor
não sente que a alma tanto chora
Apercebe-se então naquela hora
em que na alma o pensar se demora,
o motivo de tão pesado chorar…
Nadou só, mas sempre acompanhado!
Viu-se só, no momento ansiado…
Morreu na praia, o sonho a despontar