E O TEMPO PASSA

E O TEMPO PASSA

E o tempo ia passando e a cada vez mais a crise apertando

De casa em casa agente iam mudando, pois o aluguel acumulando.

E o amado teimando em quanto eu viver tu não trabalharas

Se tu precisara a casa sustentar juro que debaixo de um caminhão ei de me jogar.

E submissa só a costurar e tricotar, mas dinheiro nada de chegar.

Chegou um dia que a cidade de origem e parentes retornamos

Foi muita tristeza de La nuca gostei por isso muito chorei

Para completar tristeza ate de favor moramos.

Um dia me revoltei e bem alto falei trabalharei e meus filhos alimentarei .

Se tua promessa ira cumprir e de baixo de um caminhão se jogar,

Pode ter certeza que um lindo enterro te darei. E sai a procurar

Lavei roupa, limpei casa de loja cuidei ate na boia-fria marmita eu levei.

Com o dinheiro meus filhos alimentei.

Em 1983 por intermédio de um parente um emprego na prefeitura arrumou.

Em um colégio estadual ali comecei limpando salas de aulas que amei.

Minha felicidade era tanto que ate chorei Com carteira assinada ate férias eu tirei.

Foi ai que o caminho para aposentadoria eu comecei.

Em outro poema mais historia contarei.

EDITEDIVA

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Enviado por editediva em 29/05/2012
Código do texto: T3694446