LOUCURAS DE UM AMOR JOVEM
Ah como é bom o amor novo, como é bom o novo amor!
Como é doce a paixão criança que não vê os defeitos,
Que olhos de menino, cego para a acerba dor,
Vai pelos espinhos como se fossem suaves e perfeitos!
E naquela rua sombria quando brincamos com uma flor,
Nos escondendo dos olhos alheios tão satisfeitos
Que éramos incapaz de perceber os riscos e o pavor,
De estarmos sozinhos, a merce dos preconceitos.
E na penumbra, uma árvore como testemunha,
Nos guardando silente, á sua sombra nos punha,
Tapando os olhos dos transeuntes indolentes...
E como meninos, nós dois ali, de amor brincando,
Nos conhecendo, cada detalhe revelando,
Na noite lúbrica nos tornávamos impudentes.
(YEHORAM) 24/05/2012