Frevo!
Um pirata a falsear a tal da escrita
Que me incita a poesia e me atrevo
Mexe o nervo, a cabeça se agita
Que dance a Rita nos meus versos, frevo!
Elevo o tom da rima sem dar berro,
Desenterro a palavra, reviro a idéia,
Deu platéia faço ouro deste barro
Escarro a letra pra virar prosopopéia.
Não pode é ser, a palavra, esquecida.
São alimentos dos versos pra outra vida,
Guardadas num baú que é o poema.
E mantida sempre acesa a chama
Das palavras que aos versos somo;
Que brotam dos neurônios não sei como.
Josérobertodecastropalácio