Soneto 201: Nesse barro que me esbarro!
Nesse barro que me esbarro,
Vou sofrida em triste vida,
Modelando máscaras doídas,
Perdida, narro esse escarro!
Cuspo fora a dor da latência,
Cumpro uma missão bem comprida,
Revelo minh’alma já contida,
Sentida, pareço sem clemência!
Esbarro em gente que mente,
Sigo em frente, sou demente,
Finjo contente, com fé na vida!
Sem rumo, já sem semente,
Aturdida, corro na tua frente,
Sim, tu és meu presente da vida!
© SOL Figueiredo
26/05/2012 – às 06:55h