Destino mudo
 
Ao mundo me chegaste; e a dor me seja branda
Do primeiro sopro aos ventos de tristeza, elevado...
Disse-me os anjos dos céus que me agrada:
Vai como o sol que queima, seja luz e ornado!
 
Que na terra ando, como um louco desdenhado...
E por meus sonhos, e por minha esperança aceitada,
Que suplico! Que me amargo um ser curvado,
Como quem surgiu duma amargura conspirada.
 
Vai, meu corpo bendito, e te brilhas da luz pura!
Por as trevas em que te passar, ao caminho torto,
Vai como a lua que nasce na estrada escura!
 
Que vagueio em meio ao fogo, sob o ar que respiro,
Como um sopro de amor ao meu fiel conforto,
Que me elevo à Deus! Fortuna muda que deliro!
 
(Poeta Dolandmay)




Dolandmay Walter
Enviado por Dolandmay Walter em 26/05/2012
Reeditado em 26/05/2012
Código do texto: T3689186
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