Não conte a ninguém.

Urgindo pelo teu corpo, em voz baixa...

Sopraste-me um segredo; – sorrindo!...

Prestei ouvidos!... Sob a aragem do

vento! No bate-caixa, do ardor infindo!...

Provindo d'ensandecidos afagos!...

Dos bons gostos magos; – avindos!...

A travessura, dos acordes da libido!...

Que permeiam, em gagos sussurros!...

Em urros, amei tua pele toda nua!...

– Crua, sob a procela d'aurora carmim!...

... um puro cetim vivo, que brilha!...

Na tua virilha, por mim tatuada!...

O que a ninguém deve ser dito;

Guardo calado o que está escrito!...

(Airton Ventania)

Airton Ventania
Enviado por Airton Ventania em 26/05/2012
Código do texto: T3688997