Brinde à Poesia

Eu quero erguer um brinde à Poesia!

Eu brindo a Erota, com licença a Thêmis!

Não sei por que, ó minha mão, tu tremes,

Que o momento é repleto de alegria.

Se poucos sabem da real valia

De um poema, onde a inspiração expremes,

Digo, é a doce palavra que “in extremis”

Alguém ouve nas vascas da agonia.

A poesia é consolo para o tédio!

A exaltação do amor, o canto infausto.

Do mal de amor é o único remédio!

Chegai-vos sonhadores! Vinde! Vinde!

Enchei as taças e façais, num hausto.

À Deusa da Poesia, um grande brinde!

Sady Maurente (1928/2004)
Enviado por Sady Maurente obras póstumas em 25/05/2012
Reeditado em 25/05/2012
Código do texto: T3687165
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