Brinde à Poesia
Eu quero erguer um brinde à Poesia!
Eu brindo a Erota, com licença a Thêmis!
Não sei por que, ó minha mão, tu tremes,
Que o momento é repleto de alegria.
Se poucos sabem da real valia
De um poema, onde a inspiração expremes,
Digo, é a doce palavra que “in extremis”
Alguém ouve nas vascas da agonia.
A poesia é consolo para o tédio!
A exaltação do amor, o canto infausto.
Do mal de amor é o único remédio!
Chegai-vos sonhadores! Vinde! Vinde!
Enchei as taças e façais, num hausto.
À Deusa da Poesia, um grande brinde!