LUTA PERDIDA
 
Vivo porque o inclemente tempo urge,
O sol matinal me ergue a cada dia,
Caminhamos de mãos dadas (monodia)
E não porque o desejo nu ressurge.
 
A minha alma, latente e sem desejos,
Flutua sem alegrias ou tristezas,
Simplesmente caminha sem certezas...
Não sei se sou, porque já não almejo...
 
O tempo é meu irmão nas ansiedades,
Prisioneiro final e escravo último
Deste momento atroz que nos devora...
 
A batalha perdida, desde o início,
De viver, neste Vale, os meus dias,
Termina quando o sol deixar-me, um dia.
 
Diógenes Jacó, Araripina, 24 de maio de 2012.
Wlads
Enviado por Wlads em 24/05/2012
Código do texto: T3686140
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