"QUEM NÃO TEM DÚVIDAS"
  
Não sei se sou quem penso ser,
Que cruel cilada me encontro.
Às cegas no mundo sem querer ver,
Segui... E agora, não me defronto.

Cruzando obstáculos, quase a correr,
Pensando em paz, e agora confronto:
-Sou o que penso? –é o que quero saber
Enquanto suponho, medito e me apronto.

Preparo-me para o tudo conhecer,
Muito embora, minha alma me aborrece
Negando-me a serenidade que quero ter.

Passivo e réu confesso, e a culpa não esquece,
Sou na vida o que suponho ter de viver,
Mas, nesta dúvida me ego ainda prossegue!...
                          (ARO.1975)
Profaro
Enviado por Profaro em 24/05/2012
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