"QUEM NÃO TEM DÚVIDAS"
Não sei se sou quem penso ser,
Que cruel cilada me encontro.
Às cegas no mundo sem querer ver,
Segui... E agora, não me defronto.
Cruzando obstáculos, quase a correr,
Pensando em paz, e agora confronto:
-Sou o que penso? –é o que quero saber
Enquanto suponho, medito e me apronto.
Preparo-me para o tudo conhecer,
Muito embora, minha alma me aborrece
Negando-me a serenidade que quero ter.
Passivo e réu confesso, e a culpa não esquece,
Sou na vida o que suponho ter de viver,
Mas, nesta dúvida me ego ainda prossegue!...
(ARO.1975)
Não sei se sou quem penso ser,
Que cruel cilada me encontro.
Às cegas no mundo sem querer ver,
Segui... E agora, não me defronto.
Cruzando obstáculos, quase a correr,
Pensando em paz, e agora confronto:
-Sou o que penso? –é o que quero saber
Enquanto suponho, medito e me apronto.
Preparo-me para o tudo conhecer,
Muito embora, minha alma me aborrece
Negando-me a serenidade que quero ter.
Passivo e réu confesso, e a culpa não esquece,
Sou na vida o que suponho ter de viver,
Mas, nesta dúvida me ego ainda prossegue!...
(ARO.1975)