Faço verso reversos de vates decaídas
Entregando da Deus o resto do destino
Já nem sei se tenho siso no meu tino
Quando escrevo os reveses das decidas
 
Como  nuvem que segue sem seu rumo
E nem sei ao menos a que caminho estou
Algumas vezes sábio outras amador
Andarilho cego que procura o prumo
 
Dissonância de palavras ou lembranças
A bussola e o veleiro segue a esperança
Encontrarei o que busco antes de morto
 
Sou apenas a alma que busca itinerante
Alterno dimensões do meu sentido arfante
Atracarei o veleiro ainda em algum porto