Samsara
A vida humana é similar a uma dança,
Nos encanta a harmonia da mudança
De ritmo dos passos da contradança;
Como a de um pêndulo que balança.
Na vida, nós somos títeres dançarinos,
Festivos, iguais a domésticos caninos.
Mas, às vezes, nós exibimos os caninos
E revelamos que temos instintos ferinos.
A dança evoluindo, nós nos evadimos;
Apegados à vida, nós nunca comedimos;
Depois percebemos do que nos iludimos.
Pois num átimo vai acabando a bonança,
E ao lembrar que somos da vida interinos,
Com triste pesar que da vida despedimos.